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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Parachutes: Surge o Coldplay

Coldplay - Parachutes (2000)



O Coldplay acertou em cheio ao escolher Yellow como música promocional de Parachutes. Não há nada de especial na letra da canção além da inocência de uma banda emergente e do romantismo ingênuo de Chris Martin, mas o impacto emocional causado pela melodia  inconstante e hipnótica da música é instantâneo.
Talvez esta seja a razão de Yellow ter levado a banda ao topo do rock britânico, que na última década havia pertencido ao Oasis e ao Radiohead. Anteriormente, o Coldplay havia lançado três EPs sem obter repercussão, até que o produtor musical Ken Nelson percebeu que a banda tinha algo especial. 
Don't Panic, faixa de abertura de Parachutes, traz uma letra contraditória. Apesar do refrão "nós vivemos num mundo lindo", a música faz referências à fuga e à decadência social.  Foi lançada como quarto single em alguns países da Europa.
Não. Shiver não é apenas influenciada pelo trabalho de Jeff Buckley. Como o próprio Chris Martin admitiria mais tarde Shiver é "uma tentativa (descarada, diga-se de passagem) de fazer algo como Jeff Buckley". E basta o vocalista entrar na linha "did you want me to change" para confirmarmos tal declaração. A canção ainda é uma das preferidas pelo público em performances ao vivo. Descontraída e iluminada, teve uma boa repercussão nas paradas musicais do ano.
Spies traz uma mensagem semelhante à de Don't Panic. É uma canção sobre ter de estar fugindo o tempo todo com a sensação de estar sendo observado. A atmosfera criada pelas distorções na guitarra fazem de Spies o momento mais sombrio de Parachutes. 
Sparks é absolutamente entediante. Ainda assim, a voz sem muito ornamento e quase sussurrada de Chris Martin torna-a adorável.
Talvez tenha sido por causa de Trouble que o termo piano rock tenha sido atribuído de imediato à banda iniciante. A letra sobre estar magoando alguém que se gosta muito aliada a melodia quase minimalista da canção é sublime. Trouble foi lançado como terceiro single do álbum e alcançou a posição de número dez nas paradas musicais do Reino Unido.
Depois da faixa título, um curto interlúdio, entramos na atmosfera de mais uma canção sobre fuga: High Speed, seguida de We Never Change, com suas belíssimas mudanças de tempo. 
Com um riff de guitarra impecável, Everything's Not Lost caberia perfeitamente como faixa de encerramento de Parachutes, o que fica a cargo de Life is for Living, mais uma faixa na qual Chris se desculpa por te errado.
O vocalista do Coldplay já declarou sentir uma certa aversão em relação à Parachutes, mas o álbum foi devidamente reconhecido, ganhando um Grammy de Melhor Álbum de Música Alternativa em 2002 e um Brit Award de Melhor Álbum Britânico de 2001. Na lista dos mais vendidos no Reino Unido do Século 21, Parachutes aparece em 12º lugar. 
Admirável para uma banda com "algo especial".




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